12 junho 2013

Há 20 anos...














Lá se vão longos 20 anos. Parece até que foi ontem, muitos haverão de dizer. E se ainda hoje a torcida canta que “em 93, nós ganhamos o Paulistão...”, não é necessariamente pelo apelo de um título paulista, mas sim por tudo o que representou aquela gloriosa goleada de “4 a 0 pro Verdão”. Não só a vitória derradeira, mas toda a campanha que nos permitiu fazer do 12 de junho de 1993 um marco na história alviverde. E hoje, exatas duas décadas transcorridas desde a tarde/noite em que São Paulo o Brasil o mundo parou para ver Evair rolar a bola, mansa e obediente, rumo ao fundo do gol, é hora de relembrar a trajetória única daquele time inesquecível.

Para os muito jovens, um Campeonato Paulista pode nem parecer assim tão importante. Mas era. E foi ainda mais em 1993, o ano em que El Matador nos libertou das agruras de 16 anos sem título.

Antes mesmo da campanha, faz-se necessário um breve enunciado sobre a conjuntura daquele início dos anos 1990. Para não cair no risco de um texto muito longo, vou resumir os elementos mais importantes em tópicos:

-O Palmeiras caminhava para 17 anos sem títulos (desde 1976), com um vice brasileiro (1978) e dois vices paulistas (1986 e 1992) na conta, além de inúmeros insucessos nesse período. Via de regra, os times eram ruins mesmo (mas não tão fracos quanto o atual) e perdiam para rivais mais qualificados. É possível, no entanto, identificar aqui e ali indícios da estranha predileção que se acentuaria a partir dos anos 2000: o gosto pelas derrotas vexatórias, inexplicáveis e inacreditáveis dentro de casa. Foi assim no vice paulista de 1986 (derrota para a Inter de Limeira no Morumbi) e nas eliminações consumadas contra XV de Jaú (1985), Bragantino (1989) e Ferroviária (1990).

-A Parmalat chegara ao clube em 1992, com um então inédito projeto de cogestão do futebol. O começo foi polêmico (com a alteração no uniforme, com as listras e um verde mais claro). No primeiro ano, o investimento foi modesto, com as chegadas de Zinho e Mazinho. Veio o vice-campeonato paulista, diante de um SPFC que era muito mais time. Para o ano da glória de 1993, no entanto, a empresa abriu os cofres: foi buscar Edmundo no Vasco, Edílson no Guarani, Antônio Carlos no Albacete (Espanha) e Roberto Carlos no União São João. Os nomes impressionam, mas é bom lembrar que nenhum deles, à exceção de Antônio Carlos, era assim tão conhecido no mercado. Todos estavam em início de carreira e mostraram ser apostas certeiras. O grande Cléber só seria contratado no segundo semestre daquele ano, para o Brasileiro.

-O referido vice na final paulista de 1992 contra o SPFC estava ainda muito vivo na memória quando começou o torneio de 1993. Afinal, foi de um ano para o outro se deu a transição no calendário do futebol brasileiro: antes o Brasileiro era disputado no primeiro semestre e os estaduais, no segundo. Houve uma inversão na virada dos anos e a consequência é que praticamente foram emendadas duas edições seguidas do Paulistão: o de 1992 terminou já no final de dezembro e a de 1993 teve início já em janeiro.

-Vivíamos ainda um surto de inflação, um ano antes do Plano Real, o que explica a renda do duelo decisivo contra o SCCP: Cr$ 18.154.000.000,00.

-Velloso começou no gol, mas se machucou logo no início e abriu espaço para Sérgio, que foi o camisa 1 até o fim da campanha.

-Mazinho, por sua vez, começou como segundo volante (era o camisa 8), mas acabou passando para a lateral-direita no meio da disputa – uma vez que João Luís teve desempenho fraquíssimo. 

-Em sendo assim, eis aqui o nosso time-base: Sérgio; Mazinho, Antônio Carlos, Tonhão e Roberto Carlos; Sampaio, Daniel Frasson, Edílson e Zinho; Edmundo e Evair.

-Os técnicos foram: Otacílio Gonçalves (23 jogos), Raul Pratali (1 jogo) e W(V)anderley(i) Luxemburgo (14 jogos).

-Outros jogadores que entravam bastante no time: Amaral (que jogou mais até que Daniel Frasson), Claudio, Sorato, Maurílio, Jean Carlo, Edinho, Soares, Alexandre Rosa, Jefferson e Paulo Sérgio (autor do primeiro gol da era Parmalat).

-Os árbitros mais comuns: Oscar Roberto Godói, Edmundo Lima Filho, Antônio de Pádua Sales, Dionisio Roberto Domingos, Dagoberto Teixeira, João Paulo Araújo, José Aparecido de Oliveira, Dalmo Bozzano e Silas Santana. Dificilmente fugia desses.


Isso posto, vamos aos jogos, com comentários ao final de cada etapa:

1ª fase, turno
Palmeiras 2-1 Marília – 27.516 - vídeo
XV de Piracicaba 0-2 Palmeiras – 13.304
Palmeiras 2-2 Rio Branco – 21.415
Santos 1-3 Palmeiras – 39.245 - vídeo
Palmeiras 2-2 Ponte Preta – 19.911
Palmeiras 2-0 SCCP – 35.959 - vídeo
Mogi Mirim 2-2 Palmeiras – 10.268
Palmeiras 1-1 União São João – 16.912
Portuguesa 0-4 Palmeiras – 29.954
Ituano 1-3 Palmeiras – 8.752 - vídeo
Guarani 1-3 Palmeiras – 28.741 - vídeo
Bragantino 1-0 Palmeiras – 10.933 - vídeo
Palmeiras 4-1 Juventus – 15.222 - vídeo
Palmeiras 0-0 SPFC – 96.340
Noroeste 0-0 Palmeiras – 14.530


A estreia, contra o Marília, teve contornos de espetáculo. Afinal, era a estreia de todos os reforços da temporada. O Palmeiras saiu atrás aos 2 minutos, mas foi buscar a virada (com gols de Sampaio e Evair). Não foi uma exibição magistral, mas foi o princípio de tudo, diante de 27.516 pagantes. A seguir, boas vitórias (em especial o 3-1 contra o Santos no Morumbi) vieram acompanhadas de empates decepcionantes em casa (2-2 contra Rio Branco e Ponte Preta e 1-1 contra o União São João). Já se percebia todo o potencial daquela equipe, mas ainda faltava engatar uma sequência de bons resultados.

O 4-0 contra a Portuguesa (no Pacaembu) marcou o auge técnico daquele time, ao mesmo tempo em que evidenciou os problemas de relacionamento. Os gols foram marcados exatamente pelos quatro homens de frente: Edmundo, Edílson, Evair e Zinho. O gol de Edmundo, por sinal, foi daqueles antológicos. Insatisfeito com a substituição no segundo tempo, o Animal deixou o campo antes mesmo da entrada de Jean Carlo, gerando enorme polêmica. Durante a partida, Evair e Edílson se ofenderam algumas vezes; o camisa 9 xingava o 10 de "moleque". Em suma: era um caldeirão de vaidades, mas o time era tão bom que até isso ficava em segundo plano. Sobre esse jogo específico, vale conferir todas as quatro páginas da cobertura da Folha de S.Paulo do dia seguinte.

Vieram então mais duas vitórias no interior (um duplo 3-1 em Itu e em Campinas) até a primeira derrota, em Bragança (0-1). A bem da verdade, o incômodo foi maior por trazer à tona as lembranças de insucessos anteriores contra um clube que era então considerado uma pedra no nosso caminho. Depois o Palestra emendou um 4-1 no Juventus e dois empates sem gols (um deles diante de 96 mil pessoas em clássico contra o SPFC).

1ª fase, returno
Juventus 2-1 Palmeiras – 18.166 - vídeo
Palmeiras 2-0 Bragantino – 5.872 - vídeo
Marília 1-3 Palmeiras – 10.481
Palmeiras 1-0 Noroeste – 17.284
Palmeiras 2-1 Santos – 36.269 - vídeo
Ponte Preta 0-1 Palmeiras – 5.046 - vídeo
Palmeiras 2-1 Portuguesa – 22.336 - vídeo
Palmeiras 1-2 Mogi Mirim – 14.670 - vídeo
SPFC 2-0 Palmeiras – 51.319
Rio Branco 1-2 Palmeiras – 12.583
Palmeiras 2-0 Ituano – 24.467
Palmeiras 3-0 Guarani – 10.366
SCCP 3-0 Palmeiras – 90.357 - vídeo
União São João 0-1 Palmeiras – 19.034 - vídeo
Palmeiras 2-1 XV de Piracicaba – 6.772 - vídeo


O returno reservou uma crise, a demissão do treinador que dera início à trajetória e a chegada de Luxemburgo. A pressão sobre Otacilio Gonçalves, que já era grande desde o início do ano, se acirrou após uma derrota em casa (1-2) para o Mogi Mirim. O Chapinha não resistiu. Para seu lugar, chegou um nome que era então apenas uma promessa.

O time ainda perderia os clássicos para SPFC e SCCP, mas o ótimo desempenho no turno e as 11 vitórias em 15 jogos no returno garantiram a classificação com enorme tranquilidade.

Vale observar o seguinte: se o primeiro turno ficou marcado por alguns tropeços aqui e ali (foram 6 empates, 3 deles contra times pequenos no Palestra), o returno teve apenas vitórias ou derrotas (11 contra 4). Na somatória de tudo, no entanto, cada turno contribuiu com 22 pontos.

A primeira fase terminou com a seguinte classificação:

1. Palmeiras - 44 (30-19-6-5-53-27)
2. SPFC - 39
3. SCCP - 39
4. Santos - 39
5. Guarani - 36
6. Rio Branco - 36

Da segunda divisão do Paulista, vieram Novorizontino (36) e Ferroviária (36) - esse artifício foi bastante comum nos anos 1990, permitindo, por exemplo, que o SPFC disputasse a série inferior e fosse campeão no mesmo ano, em 1991.

Não me perguntem por que cazzo, mas o regulamento previu a divisão desses oito clubes não no formato tradicional (1-4-5-8 de um lado e 2-3-6-7 do outro), mas sim com o 1º enfrentando o 5º, o 6º e o segundo colocado que veio do grupo inferior.

Em sendo assim, SCCP, SPFC e SFC ficaram em uma chave, enquanto o alviverde se deparou com três clubes do interior. Mais até: por ser o time de melhor campanha na fase classificatória, entrou na disputa com um ponto de bonificação. Daí que tivemos isso aqui:

2ª fase (quadrangular final)
Palmeiras 6-1 Rio Branco – 21.377 - vídeo
Guarani 0-2 Palmeiras – 16.890
Ferroviária 0-1 Palmeiras – 18.051 - vídeo
Palmeiras 1-0 Guarani – 20.602
Rio Branco 0-1 Palmeiras – 15.567
Palmeiras 4-1 Ferroviária – 15.003


Foi um passeio. Não contente com o bônus, o Palmeiras venceu os seis jogos, sofrendo apenas dois gols (no primeiro e no último jogo, exatamente aqueles em que marcou seis e quatro vezes, respectivamente). Merecem destaque a goleada na estreia, contra um então bom Rio Branco, e o 1-0 em Araraquara, em tarde de Edmundo.

Do lado de lá, passou o SCCP: 9 pontos contra 8 do SPFC.

Final
SCCP 1-0 Palmeiras – 93.736 - vídeo
Palmeiras 4-0 SCCP – 104.401 - vídeo

Aqui, senhores, creio que nem devo avançar muito nos relatos sobre as duas partidas, uma vez que há incontáveis versões da história, muitas delas a partir dos próprios protagonistas daquela data histórica. O melhor deles, claro, vem do livro que vai ser lançado neste dia 12, com história contada por Fernando Galuppo e Mauro Beting.

Creio apenas que é válido fazer o registro abaixo e depois indicar alguns vídeos complementares do 12 de junho de 1993:

Até a final, o Palmeiras fez 62 pontos nas duas fases (classificatória e de grupos); o SCCP fez 48 pontos pontos nas mesmíssimas condições. No primeiro jogo, o SCCP venceu por 1-0; na volta, o Palmeiras enfiou um categórico 3-0. Resolvido, não? Que nada; o regulamento pedia ainda uma inusitada prorrogação, que poderia, com um único gol, desmontar toda a campanha alviverde. Ou seja: o título poderia ficar com o SCCP mesmo com uma derrota por 1-3.

De resto, senhores, o 4-0 final fala por si próprio, e eu seria incapaz de acrescentar algo relevante. Deixo-os, no entanto, com a efusiva recomendação para o livro que melhor vai contar essa história toda:

























-Fiori Gigliotti narra o 2º gol. Nem foi o mais importante daquela tarde/noite, mas o fato de trazer toda a jogada na voz de Fiori faz enorme diferença. De quebra, reparem nas imagens e no barulho da torcida - e nas vinhetas da época. Que coisa linda...

-Osmar Santos na TV Manchete.

-José Silvério, o insuperável. Repito: insuperável. Silvério, narrador tecnicamente perfeito, vivia o seu auge. Um monstro.

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Como vocês podem perceber, há muitos jogos aí que já vem acompanhados dos respectivos vídeos (que eu encontrei em exaustivas buscas no YouTube). Mas a maioria não tem esse recurso. Peço aos senhores, por favor, que me avisem se conseguirem identificar mais algum vídeo de qualquer das partidas acima citadas. Aí eu já acrescento ao post, sempre no espírito colaborativo.

22 comentários:

Emilio Leite disse...

Barneschi,

Apenas por curiosidade. Você não está mais atualizando o número de jogos em que você apoiou o verdão?

Abraços

CASSELLl disse...

Foi aí que perdi o cabaço! Meu maior título sem dúvidas, de 1993.

RK disse...

Pequenas correções:

- Velloso se machucou no terceiro jogo. E depois ainda atuou uma vez, no quadrangular, quando o Palmeiras usou time quase reserva.

- Foram 23 jogos de Otacílio e 14 de Luxemburgo

Efeito Suspensivo disse...
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Rafael Teixeira disse...

Falar que o post é bom é chover no molhado. Que público absurdo na final! Que época para o futebol como um todo.
A música da Mancha é muito boa também.

Rodrigo Barneschi disse...

Valeu, RK. Fiz as alterações.

Emilio
Cara, eu sempre esqueço de mexer nesse número. Vou atualizar todos (no blog, no Twitter etc.
Abraços

Frederico disse...

O que deixa triste hoje é ver que tudo isso é saudade, que há tempos não aparece alguém aqui como Evair e Edmundo.

Daí que estamos nas mãos desses jogadores de doce, desses atletas "café-com-leite", notoriamente incapazes de sequer serem sombra de um Evair da vida.

E se nota que o atleta em si não tem a menor vergonha na cara de ser ruim. O cara é ruim, sabe que é ruim e ainda assim tem a coragem de vestir a nossa camisa. Com a conivência, claro, de quem o colocou ali.

Então meus caros amigos palestrinos, é chegar em casa, abrir o youtube, botar pra rodar o jogo da final de 93 na íntegra, abrir uma cerveja e chorar de alegria e tristeza ao mesmo tempo.

Alegria por ter vido e vivido. Tristeza, por não ter a certeza se vamos viver isso de novo.

Raul Martins Dias disse...

Primeiro, uma pequena correção: Edílson chegou ao Palmeiras vindo do Guarani, não do Vitória.

Dito isso, não posso deixar de observar a presença de público nessa competição. Em um Palmeiras x Noroeste numa noite de quarta-feira, 17.284 almas pagaram ingresso para ver a suada vitória do Palmeiras no apagar das luzes. Os clássicos, então, nem se fala. 90 mil pagantes para cima.

E, quanto ao título, acho que qualquer coisa que eu fale é chover no molhado. Emocionante, só isso. Quando será que voltaremos a ver um Palmeiras daquele nível em campo?

Anônimo disse...

estava na pacaembu com meu pai e meu avô nos 4x0 em cima da lusa....o gol de falta do edmundo no angulo no gol da arquibancada (nao o tobogã) ainda está na minha lembrança...alias, acho que é o primeiro gol que me lembro que vi em um estádio....ficou marcado, sem dúvida!!! PorcoCareca

Unknown disse...

http://palmeiras.com.br/paulista93/videos/

O Palmeiras preparou esse site, com vários vídeos, informações, entrevistas, etc

Bruno Bernardo disse...

Não assisti o jogo no dia, tinha somente 2 anos. Mas tenho a certeza que já assisti a fita com os dois jogos da final, ao menos 15 vezes durante esses 20 anos.

Eu e meu irmão não cansamos de xingar o Viola, rir do carrinho do Edmundo na frente do juiz, rir do Luxemburgo gritanto "VOCÊ É SÃO PAULINO E QUER ME FUDER!!" pro juiz, e "quase" chorar toda vez que o Evair bate o penalti.

Esse jogo é melhor de todos. Que essa data nos traga bons tempos novamente.

Unknown disse...

O maior título de nossa história sem dúvida alguma,vendo nos vídeos,a mudança de técnico,as brigas,as vaidades,parece q foi ontem msm isso tudo,como tinha apenas 6 anos e ainda nem era Palmeiras,deu pra sentir muito bem o clima daquela época com esse post,fui em apenas um jogo desta campanha com meu pai(corinthiano) justamente o q perdemos de 3 x 0 jogo em q Paulo Sérgio arrebentou com a gente,parabéns por esses videos,q são verdadeiras relíquias,Barneschi,da pra montar um dvd com nossa campanha em 93.

Anônimo disse...

12 de junho de 1993. Dia inesquecível. Jogo épico. Título histórico. Palmeiras campeão. E EU ESTAVA LÁ!

Anônimo disse...

Vinte anos, mas a mesma alegria, paixão, orgulho, participação, comunhão permanecem em nós, como sentimentos fortes e que emergem à flor da pele toda vez que qualquer menção daquele fato nos vem à lembrança! Grande dia! Inesquecível! Parabéns e força a todos nós palestrinos leais e apaixonados! Não nos dispersemos! Sigamos sempre amando e apoiando esse gigante verde e branco!Avanti, forza Palestra!

italia + brasil = Palmeiras disse...

pra mim, o jogo mais importante é a final da Copa dos Campeões em 2000. Um time destroçado, remendado, desconhecido e desacreditado foi buscar no Nordeste o nosso 10° titulo nacional. E olha que eliminou o Cruzeiro, sempre carniça e campeão da Copa do Brasil, eliminou o Flamengo, até então bi campeão carioca, com um ótimo time e sempre respaldado pelo apoio midiatico ( é assim desde 1965, quando a Globo foi fundada) e conquistou o titulo em cima do Sport também um time sempre carniça pra nós

Anônimo disse...

Barney.. OEdilson nao veio do Guarani? Abs Samora

Marco disse...

Também estava no 4x0 em cima da Lusa, e o pouco que lembro daquela partida é exatamente o gol do Edmundo. Foi meu primeiro jogo acompanhando aquele timaço, que finalmente mostrava a que veio. Interessante ver também na cobertura da FSP que no mesmo final de semana o Luxemburgo era demitido da Ponte (valeu pelo link Barneschi - a propósito, como rendia matéria um jogo do 1o turno do Paulista à época: seriam os jornalistas melhores ou as redações dos jornais mais inchadas?)

O Palmeiras criou um hotsite sobre 1993, com vários vídeos daquela campanha: http://www.palmeiras.com.br/paulista93/videos/

Anônimo disse...

PAABENS BARNESCHI, EU ESTAVA NO PANETONE E COMEMOREI ATE A MEIA NOITE , POIS SÓ BEBADO ENCONTREI MINHA NAMORADA , QUE TAMBEM PALMEIRENSE FICOU EM CASA COM SUA FAMILIA, MAS A FESTA FOI SENSACIONAL, FATO QUE É INESQUECIVEL , MESMO POR TER ESTADO NO PAANETONE EM 1974, CONTRA OS MESMOS FREGUESES!
CLAUDIO LONGO FAMIGLIA PALESTRA!
O PALMEIRAS NÂO PODE TER UM ADINISTRAÇÂO MEDIOCRE, POIS O DNA DO CLUBE SÂO TITULOS!

Roger Adami disse...

Pqp que época essa...
Contra o Juventus foi a primeira vez que fui ao Pacaembu, e até hoje tinha certeza que o gol do Roberto Carlos havia sido do meio de campo, nunca tinha visto esse gol em vídeo...
Contra as meninas no 0x0 foi o primeiro classico, a primeira vez no estadio sem meu pai e aquele jogo me faz pensar, como era possível tanta gente naquele lugar, era impossível caminhar em alguma direção contrária a da massa, aliás nem era preciso caminhar você era simplesmente empurrado, era como estar em pé no mar, parado mas se movendo. Comprar ingresso num jogo desses era tarefa pros menores (tipo eu), era a segunda vitória do dia - a primeira era passar debaixo da catraca do busão e do metro, até chegar na luz e pegar o "degraça" - meio dia tinha que estar na gaiola, ver os aspirantes e duas rodadas de jesus me chama (5 pão com mortadela por um valor igual ao da passagem de ônibus da época) que saiam de uma caixa de papelão - para mim, era uma caixa de televisão, amigos dizem que não, sei lá.
Não fui à final, não lembro de nada entre o gol do zinho e o do Evair, nada, não lembro de nada nesse meio tempo mas ainda hoje sou capaz de repetir até os movimentos que fiz após esses gols.

André Fix disse...

o gol do zinho é a imagem mais viva pra mim. Morumbi até a tampa, cerveja quente, minduim doce. Mijavasse em qq lugar, inclusive no próprio.

Na época era costume a Joven Pan vender uma fita cassete com a narraçao do jogo, neste do Zé Silvério. Comprei a minha, lógico, e improvisei um "sampler" na secretária eletrônica de casa. Começava assim:

"Correu Evair.............""

Anônimo disse...

coitados...estão todos carentes...

Ettore disse...

Nunca mais vivi nada parecido com aquela tarde. Obrigado Palmeiras!