28 setembro 2014

Passado, presente e futuro

"Não é brincadeira
Estão acabando com a história do Palmeiras"

2014. Segundo século, mês dois. Caminha para um desfecho trágico o centenário que já fora arruinado, desde o ano anterior, por Paulo Nobre e por sua corja de aduladores.

O palmeirense, maltratado como nunca antes, vislumbra o futuro em sua nova casa. Mas apenas vislumbra. O futuro que dever-se-ia apresentar tão promissor parece por demais distante para um torcedor que se vê assolado pelo que de pior existe em seu passado glorioso. O amanhã tão próximo parece obra de ficção, como que inalcançável para uma torcida que se tornou refém dos caprichos de um ególatra mimado.

Pois a nova casa vai despontando imponente na zona oeste, quase pronta para nos ser devolvida, ao mesmo tempo em que, dentro de canchas outras, um bando qualquer envergonha nossa camisa do início ao fim de partidas as mais tenebrosas.

Ao palmeirense não se permite mais um dia sequer de paz. Sequer um dia. Eles se sucedem, dias, semanas, meses, como um pesadelo contínuo, como uma caminhada tortuosa e torturante rumo ao inferno. De novo.

A incompetente e inábil gestão orquestrada por Paulo Nobre não está apenas arruinando o centenário da Sociedade Esportiva Palmeiras. Está também comprometendo nossos próximos anos e as gerações vindouras. E está, jornada após jornada, violentando a história de um gigante que sempre passou por cima de todos os seus rivais, fossem eles grandes ou pequenos.

O Palmeiras destes dias tão sombrios parece nem mais pertencer ao panteão dos grandes. Sob Nobre, o alviverde imponente virou motivo de piada para torcidas as mais inexpressivas. Derrotas vexatórias se acumulam, jornadas desastrosas jogam o clube para o fim da tabela, recordes negativos são quebrados, marcas construídas ao longo de um século vão sendo solapadas, um passado glorioso vai sendo destroçado. Fracassos que antes eram encarados como eventos catastróficos são agora rotineiros, esquecidos antes mesmo da rodada por vir.

Fica fácil, pois, entender o que leva as torcidas rivais a já encararem os insucessos alviverdes com certo desdém, como se nada fossem. Não há mais gozação; no lugar disso, nos deparamos com um sentimento de pena, de uma quase compaixão. Nada pode ser pior.

Vejam vocês que Paulo Nobre tomou do palmeirense até mesmo o direito de torcer contra seus rivais diretos. Ao fazer do Palmeiras refém de uma gestão débil e comprometida com o erro, Nobre equiparou o alviverde não mais aos grandes como ele, mas às agremiações insignificantes que passam a vida lutando contra a degola. E é então que o palmeirense se pega não podendo sequer comemorar o gol de pequenos lá de baixo contra seus rivais diretos. Uma vergonha...

Se o centenário já fora arruinado ainda antes de começar, a volta para casa, tão sonhada e merecida, corre o risco de acontecer em meio a mais uma tragédia alviverde. O futuro com o qual temos sonhado desde julho de 2010 parece desmoronar aos poucos, antes mesmo de chegar.

O palmeirense, atormentado, tenta olhar para o futuro, mas se vê preso a um presente infeliz, insuportável e que insiste em violentar, rodada após rodada, todo um passado vitorioso.

Seja homem uma vez na vida, Paulo de Almeida Nobre: tome vergonha na cara e deixe o Palmeiras em paz! E leve junto toda a corja de aduladores e mais o lixo que você trouxe lá do nosso inimigo.