17 maio 2012

Avançaremos!

O Palmeiras teve ao menos um pênalti a seu favor não anotado pela arbitragem. O Atlético/PR teve um de seus gols marcado em clamorosa posição de impedimento, bem à frente do bandeira. O árbitro inverteu faltas a torto e a direito, amarelou nossos jogadores sem pensar duas vezes (ou exatamente por pensar) e foi bem deliberado ao tentar dar à partida um rumo favorável ao time da casa.

O Palmeiras sendo roubado contra um time pequeno? Nada de novo. É este o roteiro que se repete faz anos, ficamos aqui reclamando, os filhos da puta constroem seus nomes, crescem na hierarquia podre da arbitragem, ganham benesses aqui e ali, há até quem vire comentarista esportivo. Reclamamos nós e sofremos nós. Os que deveriam zelar pelo clube nada fazem. E segue a rotina.

Enquanto não houver medidas drásticas (vocês sabem que eu defendo que um desses malditos pague por todos os demais dentro de campo como sinal de advertência), continuaremos sendo roubados contra aberrações como este pequeno e desprezível clube paranaense.

Já pensando adiante, no confronto da semana seguinte, é necessário fazer quatro considerações:

1. Do meio para a frente, o time funcionou bem: fez dois gols, botou duas bolas na trave, criou outras tantas oportunidades. O camisa 29 vai fazer falta no jogo da volta, e o 7 entregou naquele chute altamente improvável toda a sua dose de contribuição por muito tempo. Só esperem algo dele no próximo mês. Até por isso foi bom ter buscado o empate em dois gols.

2. A defesa, por sua vez, viveu uma noite pavorosa. Os dois gols sofridos ficaram de bom tamanho, porque zagueiros, laterais e volantes se esforçaram bastante para que acontecesse algo muito pior. A volta do camisa 3 serve de alento. Basta a defesa funcionar em Barueri para avançarmos.

3. A conduta do camisa 10 no entrevero com o imbecil técnico adversário foi exemplar, em especial pelos palavrões proferidos depois do lance. Foi bonito aquilo. Agora é a nossa vez de transformar em um inferno a vida deste palhaço lá na Arena Barueri. A distância da arquibancada para o campo favorece isso.

4. Sei que o horário é terrível e o local, mais ainda. Mas é justo e necessário que a torcida faça na próxima quarta-feira todo o esforço possível para chegar ao estádio a tempo. Façamos a nossa parte na arquibancada e que o time corresponda dentro de campo.

Avançaremos, senhores!

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Não satisfeito com as besteiras todas que costuma escrever sobre temas, digamos, locais, Juca Kfouri, este renomado paladino da moral e dos bons costumes do jornalismo esportivo, resolveu que era o caso hoje de dedicar sua coluna na FSP ao futebol argentino. Pior: não sobre questões táticas ou técnicas, mas sim sobre aspectos que envolvem estádios e hinchadas portenhas: “O risco Buenos Aires”. Soa como desrespeito, uma vez que tal figura é um símbolo dessa categoria a cada dia mais comum na crônica esportiva, a dos jornalistas que comentam futebol a partir das imagens pasteurizadas (mas em HD, vejam só!) da TV. "É a modernidade. Posso ver até quatro jogos simultâneos", brada o iludido e acomodado cronista.

Pois bem, passemos à tal coluna de hoje. Leiam aqui.

Vamos à tese que o nobre colunista tenta levantar:

“Sabe-se lá por que a polícia de Buenos Aires permite a realização de dois jogos em estádios separados por 18 quilômetros e que serão disputados com pequena diferença de horário.

Na Bombonera, às 19h45, o Boca Juniors recebe o Fluminense numa disputa duríssima para o tricolor, com os desfalques de Deco e Fred, e com Riquelme garantindo que a Libertadores começa agora, ele que é tricampeão da Copa, em 2000/01 e 2007. No José Amalfitani, às 22h, é a vez do Vélez Sarsfield receber o Santos.


Quando o jogo no bairro de Liniers estiver terminando, a torcida xeneize ainda estará se deslocando para a Boca. É mais ou menos como se o São Paulo jogasse no Morumbi na hora do primeiro jogo e o Palmeiras em seguida, a 12 quilômetros, no Palestra Itália.


Certamente, em São Paulo, a PM vetaria.

Mas os portenhos não parecem preocupados com a coincidência, que pode virar uma pororoca violenta. O pior é que nada indica que seja por confiança nos cassetetes hermanos.


Trata-se de imprudência mesmo, sinal de que nada pode ser feito para controlar os barrabravas, ainda mais violentos que os nossos uniformizados, e em franca promiscuidade com os jogadores de seus times, obrigados a subvencioná-los e até visitá-los na cadeia.”



Kfouri tenta fazer graça e demonstra enorme desconhecimento da geografia de Buenos Aires, dos hábitos locais e dos horários em que as partidas normalmente são realizadas. A julgar pelo restante do texto, ele deve ter ligo agora a versão em Português de “La Doce” e ficou impressionado, o que o leva a fazer apontamentos precipitados, imprecisos e desconexos.

Em primeiro lugar, jogos simultâneos ou com poucas horas de diferença envolvendo os clubes locais são bastante comuns na capital argentina, até porque a concentração de times é enorme. Ao contrário de SP, com apenas quatro grandes, a Grande Buenos Aires tem pelo menos 15 torcidas de peso, com um número de rivalidades que é muito maior do que o que temos por aqui.

Ocorre, no entanto, que as hinchadas são muito mais concentradas, com os torcedores residindo normalmente mais perto das sedes da agremiação – são os chamados “clubes de bairro”. Resultado: deslocamentos menores. Os grandes (Boca, River e San Lorenzo, em especial) são exceção. O Vélez não é grande, e parte considerável de sua torcida fica mesmo em Liniers e nos bairros da zona oeste.

Ainda que não fosse assim, o jogo do Boca vai terminar entre 21h30 e 21h40 e é provável que a torcida local fique no estádio por alguns minutos, até que os visitantes deixem o estádio. Mesmo se isso não acontecer, os torcedores do Vélez já estarão todos ou dentro do Amalfitani ou nas imediações (a exatos 18km dali, como bem lembrado pelo colunista). E bastaria o sujeito estudar um pouco para perceber que não há nada em comum entre os caminhos que levam a La Boca e Liniers - a começar pelo transporte público, uma vez que La Bombonera não é servida por trem ou Metrô, ao contrário do Amalfitani.

Por fim, ele menciona em dado momento do texto que o Fluminense empatou com o Boca em 2009 no “estádio de Avellaneda”. Estádio de Avellaneda, é? Qual deles, caro colunista? Ou você não sabe que Avellaneda tem dois grandes e, portanto, dois estádios?

Aliás, Kfouri, me responda uma coisa, por favor: qual foi a última vez que você colocou os pés em um estádio de futebol?

11 comentários:

Anônimo disse...

AVANTI PALMEIRAS!

A Arena Barueri será o Inferno Verde!

Rafael B disse...

O Juninho recebeu alguma proposta? Porque ontem ele não tava com a cabeça no jogo não, que isso!

Gostei do time do meio pra frente, mas sinto que estamos cada vez mais fracos lá atrás.

Eu, que não sou o maior fã do Assunção, tenho que admitir que ontem teve papel importante tapando buracos atrás pois poderia ser pior.

O 2x2 ficou de bom tamanho... bora pra Barueri!

Abraços!

Luiz Fernando disse...

Barneschi,discordo um pouco em relação aos zagueiros o M.ramos foi mto bem(nos salvou em um lance certo no 1 tempo) e o Amaro não comprometeu o problema da defesa ontem foram nossos laterais que parecem que vestiram a máscara da empáfia e estão jogando cada vez pior de resto concordo em tudo,semana que vem vou ter que dar um jeito de chegar na Arena Barueri eu não sei como mas vou!

Anônimo disse...

eu gostei do time ontem... era um time com desfalques enfrentando um time menor, mas mordido. jogamos contra 11 + 3 + todos os "torcedores" do adversario... muito bom o resultado...

tenho lembranças bem piores da Copa do Brasil.

Rodrigo Barneschi disse...

Luiz Fernando,
Eu vejo de forma um pouco diferente. Claro que a atuação dos laterais foi ainda pior, mas não deu pra sentir segurança na atuação dos zagueiros. Eles pareciam perdidos também, errando passes curtos e perdendo bolas perto da entrada da área. Que a coisa melhore pro jogo de volta.
Abraços

FabioTremems disse...

Que nojo desse gambá nojento que é o Kfouri!!!

Anônimo disse...

Ao Jogo do Palmeiras:

Poxa Barneschi, seus relatos foram exatamente o que senti desse jogo

1º Sistema ofensivo bom.

2º Sistema defensivo pífio

3º O Camisa 10 Representou "Vai, vai, vai... Vai se foder vai" é exatamente o que um jogador tem que fazer em campo,impor respeito para com seu adversário.
E sim Barneschi é a vez de Carrasco sentir na pele contra qual clube ele está lhe dando, esse Filho da Puta.

4º Pense nesse jogo no Pacaembu ? o técnico adversário sentiria a pressão certamente de 30 Mil ou que se 25... publico bem maior que em Barueri.

PS: Ninguém condenou a expulsão do zagueiro Henrique, acho que deva ter sido porque é daquele espírito de guerra mesmo que precisamos. A intimação que ele deu no adversário é o que queremos ver. Só não foi melhor por ter sido expulso pelo Puto do árbitro.

Abraços Mano.

Danillo Bovi

Marco disse...

Passando o Brisa pelo visto vamos pegar o Grêmio mesmo. Queria que o Thiago Heleno estivesse pronto pra jogar, pra arrumar a defesa. Corrigindo isso e as saídas dos laterais dá pra enfrentar eles sem sustos

Luiz Fernando disse...

http://www.youtube.com/watch?v=ibIVPTtsDpY

6:51 momento vai se fude

Jean disse...

Barneschi concordo com vc... há tempos bolas aéreas são um martírio para nós torcedores... não sinto segurança nenhuma ate pelo histórico dessa defesa nos últimos jogos...(q volte logo o camisa 3 e 4, pra ver se melhora isso) O mas ficou de bom tamanho o resultado, poderia ter sido melhor é claro se não fosse esse bandido do apito, mas isso é recorrente ja deveríamos ter acostumado com isso... mas enfim... quarta é nos não tem pra ninguém...

Anônimo disse...

Kfouri se mata de vergonha!