Caros palestrinos (e não só),
Devo confessar o meu alívio. A temporada foi cansativa como nenhuma outra, e eu me permito agora tirar 40 dias de férias deste blog. Pretendo retomar tudo apenas na abertura do Paulistão. Vejam que faz sentido, uma vez que esta página tem a arquibancada como inspiração e linha editorial; sem ela, não há muito o que escrever.
É importante ressaltar que a decisão já estava tomada há tempos, e eu até demorei alguns dias para efetivamente fazer o anúncio.
Admito que não será fácil ficar distante (eu já fracassei em tentativas anteriores), mas o descanso é realmente necessário. Não se trata de sucumbir ao desânimo (que é enorme) ou de desistir da luta, mas sim de uma pausa que se faz necessária para voltar com força em 2009.
Não que eu deva me justificar, mas o que se segue cumpre o papel de retrospectiva e também de auto-reconhecimento – que é, afinal, a única remuneração possível com este blog. Se jogadores, comissão técnica e diretores têm direito a férias, eu tenho até mais do que eles, pois a minha dedicação é incondicional, doentia e não-remunerada.
De início, digo que foram 50 jogos no estádio neste extenuante 2008. O número é inferior apenas ao registrado em 1999 e 2000, sendo que este último ficou marcado pela disputa de sete competições oficiais, tendo o Palmeiras alcançado quatro finais e duas fases decisivas. Tanto um quanto o outro não servem de parâmetro.
Os 50 jogos da temporada foram todos os 33 disputados na capital paulista (outro ano com 100% de aproveitamento em casa) e mais 17 fora daqui (Rio de Janeiro 3 vezes, Barueri 3 vezes, Santos 2 vezes, Ribeirão Preto 2 vezes, Belo Horizonte, Curitiba, Campinas, São José do Rio Preto, Piracicaba, Bragança Paulista e Jundiaí).
Por puro sadismo, houve ainda os cinco jogos extras, todos indiretamente ligados ao Palmeiras. Ao todo, somados estes e aqueles, fui a 17 estádios diferentes, mais do que em qualquer outro ano.
Mas isso não serve para compreender tudo. Basta dizer que um jogo não se resume às duas horas dedicadas pelos que ficam em casa, vendo tudo pela TV. Ir ao estádio representa o investimento de muitas e muitas horas, pelo menos cinco nos duelos no Palestra e um dia inteiro nas extenuantes caravanas para outros Estados.
E há ainda o tempo gasto pensando nos textos e na atualização deste blog, na resposta aos comentários e na leitura de outros blogs, jornais, sites, revistas etc. E mesmo no simples ato de refletir sobre o que fazem o Palmeiras e os seus rivais e inimigos. Minha cabeça já não dá conta de tudo e eu realmente preciso dessa parada estratégica, até para começar o próximo ano com um pouco de paz e disposição e com espaço para as novas ilusões que virão.
Sei que JK, a rede de blogueiros inimigos, o interino do Painel e o diário esportivo continuarão a aprontar das suas. Mas eles são pagos para isso, e eu realmente estou extenuado depois de tanta luta. O consolo é que há gente de bem – e com disposição de sobra – na Mídia Palestrina para prosseguir na batalha.
Volto, se nada der errado, na abertura do Paulistão.
Agradeço a todos pela audiência (que tem batido recordes nos dois últimos meses), pelos comentários todos e pela paciência de agüentarem tudo o que eu escrevo por aqui.
Até o Paulistão e boas festas a todos!
Elenco2
Há 3 horas