31 outubro 2008

Eurico, Bebeto e o banana

Pode-se dizer o que for de Eurico Miranda e quase tudo será justo. Que é corrupto, ladrão, mal educado. Que se veste mal, que é truculento, que não tem modos. Até que afundou o glorioso clube da Cruz de Malta. Ok. Justo e verdadeiro. Mas não se pode negar que Eurico ama o Vasco e que demonstrou isso a cada atitude tida como condenável pelos jornalistas de estúdio e redação.

Digam o que disserem, fica para mim a imagem de um Eurico invadindo o gramado de São Januário durante um Vasco 1 x 1 Paraná Clube pelo Brasileirão de 1997. Eurico, é bom que se diga, fez isso “apenas e tão somente” porque o juiz, logo aquele que gosta de aparecer, acabara de expulsar o terceiro jogador do clube carioca no mesmo jogo. Contra um tal Paraná Clube, vejam só. Eurico não permitiu: invadiu o campo e decretou o fim da partida.

Bebeto de Freitas fez anteontem – e não pela primeira vez – algo infinitamente menos contundente, mas bastante simbólico. Ao ver seu clube ser roubado uma vez mais em casa – não que sejam muitas –, o presidente do Botafogo invadiu o campo, indignado. Claro, a imprensa fez o maior escarcéu e fomos todos obrigados a ouvir aquele discurso padronizado dos que nada têm a dizer: “Que absurdo”, “Que lamentável”, “Ele deveria dar o exemplo”. Bullshit!

Bebeto e Eurico fizeram apenas o que se espera de um presidente: defenderam os seus clubes. Pouco importa se serão expostos ao ridículo, se serão achincalhados pela mídia hipócrita e puritana ou mesmo se virá alguma punição futura. Foda-se! Eles fizeram aquilo que o torcedor gostaria de fazer, com a ressalva de que quase todos os árbitros de futebol merecem tomar umas surras de vez em quando.

É uma pena não termos alguém assim em nossas fileiras. Pelo contrário: temos homens preocupados em se perpetuar no poder, cobrar o ingresso mais caro do Brasil e afundar a bunda gorda no melhor lugar do camarote, bem longe do campo.

30 outubro 2008

Desabafo

Caros,

Eu quase escrevi ontem à noite, depois de voltar do Palestra e assistir àquilo que vocês devem ter visto. Se assim fizesse, o ódio certamente me consumiria mais do que o limite do suportável.

Não escrevo agora porque preciso de tempo para dar ao assunto a atenção necessária. Mas já deixo aqui o espaço aberto para o desabafo de vocês. O meu fica para mais tarde.

28 outubro 2008

Só pra constar

A título de esclarecimento para alguns e sem entrar em explicações detalhadas, deixo aqui um breve, mas pertinente, resumo do que foi a trajetória alviverde no retorno à Série A, em 2003.

Começo por dizer que subiam apenas dois, e não quatro, clubes naquele ano. E eram 24 participantes, ainda livres da praga dos pontos corridos. Ao acréscimo de emoção, correspondia também um risco muito elevado ao longo das três fases de disputa, mais ainda pela qualidade dos times envolvidos.

O Palmeiras liderou com folga a etapa inicial, em turno único, todos contra todos. Foram 47 pontos em 23 jogos, com 13 vitórias, 8 empates e apenas 2 derrotas; 54 gols a favor e 25 gols contra. Na seqüência, todos classificados para a segunda fase, vieram:
2. Botafogo: 41
3. Remo: 39
4. Sport Recife: 37
4. Brasiliense: 37
6. Marília: 36
7. Náutico: 35
8. Santa Cruz: 35

A seguir, todos os jogos do nosso grupo, o B, pela segunda fase:

Brasiliense 1 x 0 Sport
Santa Cruz 1 x 3 Palmeiras
Sport 3 x 1 Santa Cruz
Palmeiras 3 x 2 Brasiliense
Santa Cruz 3 x 0 Brasiliense
Sport 1 x 2 Palmeiras

Brasiliense 2 x 1 Santa Cruz
Palmeiras 2 x 3 Sport
Santa Cruz 1 x 1 Sport
Brasiliense 1 x 2 Palmeiras
Sport 1 x 1 Brasiliense
Palmeiras 2 x 0 Santa Cruz

1. Palmeiras: 15
2. Sport: 8
3. Brasiliense: 7
4. Santa Cruz: 4

Seguimos adiante com cinco vitórias e uma derrota. O Sport foi junto. Do outro lado, vieram Marília (em primeiro, com 11 pontos) e Botafogo (vice, com 10). Grupo único para a fase final e tudo zerado. O Palmeiras, com 62 pontos, tinha 11 a mais que o Botafogo, o segundo melhor
. E tudo isso poderia não significar nada com um simples tropeço. Não que eu reclame disso; são os fatos. Vamos lá:

Fase final

Sport 0 x 0 Marília
Botafogo 1 x 1 Palmeiras
Marília 0 x 0 Botafogo
Palmeiras 1 x 0 Sport
Marília 0 x 2 Palmeiras
Botafogo 3 x 1 Sport

Sport 3 x 1 Botafogo
Palmeiras 2 x 0 Marília
Sport 1 x 2 Palmeiras
Botafogo 3 x 1 Marília
Palmeiras 4 x 1 Botafogo
Marília 1 x 1 Sport

1. Palmeiras: 16
2. Botafogo: 8
3. Sport: 5
4. Marília: 3

Como se vê, empatamos o primeiro jogo no pântano de Caio Martins e ganhamos os outros cinco, incluindo duas vitórias sobre o Sport e um 4 a 1 no Botafogo. Subimos com cinco vitórias e um empate na fase final, com 12 gols a favor e três contra.

Eis aqui a campanha geral:

35 jogos
23 vitórias
9 empates
3 derrotas
80 gols pró
36 gols contra

***

Teremos amanhã o último jogo do ano à noite - isso, é claro, se ninguém resolver que é preciso complicar tudo com uma vitória em BsAs. Quarta-feira, 20h30, sem invenções globais. Portanto, nos vemos por volta 19h e pouco no local de sempre.

Golpe frustrado

O presidente-banana não poupou esforços para se perpetuar no poder, mas tomou uma bola nas costas ontem. Problema dele e de seus aliados, e vocês sabem o que penso da diretoria que aí está. O que incomoda, contudo, é o desgaste ocasionado por esse golpe frustrado. Estejam certos de uma coisa: muito do que vimos em campo nesses últimos jogos (em especial os sucessivos erros de arbitragem) tem relação direta com a sede pelo poder do presidente-banana. Nada, em especial a vergonhosa omissão de nossos dirigentes, é coincidência.

Faz sentido, portanto, registrar agora o link para o desabafo do Raphaello, que rendeu enorme polêmica ontem. Não se esqueçam: a cabeça doentia desses homens nos obriga a pagar o ingresso mais caro do Brasil para ver um time que é hoje apenas o quinto colocado.

***

E MAIS ESSA AGORA?

Informa Daniel Castro, em sua coluna na Ilustrada, que a emissora de TV mudou a sua grade de programação para alavancar a audiência das novelas. Segundo o jornalista, eis os novos horários:

Novela das 6: de 18h05 para 18h20
Novela das 7: 19h30 (sem informação sobre o anterior)
Jornal Nacional: de 20h15 para 20h30
Novela das 8 (?!): de 21h para 21h10

Pois bem, tudo vai sendo jogado para mais tarde. Preciso dizer qual é o efeito disso para as noites de quarta-feira?

26 outubro 2008

Não precisava disso...

Serei breve, pois já esgotei todos os meus desabafos (e já ouvi muitos outros) no Maracanã e na cansativa viagem de volta. Em rápidas palavras: o título já era (a não ser que vocês acreditem que esse time é capaz de ganhar seis dos próximos sete jogos) e eu realmente não acho que era necessário fazer a gente virar motivo de piada para a torcida do Fluminense. Do Fluminense, vejam só...

Até quarta, com vitória no Palestra, e domingo, com derrota na Vila.

***

Que o rival seja bem-vindo de volta!

24 outubro 2008

Para fazer a diferença


A rodada foi péssima, como têm sido todas as últimas. Entramos pressionados no final de semana, de tal forma que será ruim qualquer resultado que não a vitória em solo sagrado. E não se pode ignorar a qualidade do adversário e o seu desespero para fugir do descenso, tampouco a presença de um grande público no Maracanã. Tudo isso é fato, mas devemos também levar em conta que um campeão é construído em desafios desse porte, capazes de eclipsar até mesmo os empates sem gol diante dos pequenos Náutico e Figueirense.

Vencer o Flu no Rio pode fazer toda a diferença, não só pela classificação momentânea, mas também pela análise da tabela de alguns de nossos concorrentes. Time que quer ser campeão tem de buscar vitórias como essa, contra um bom time, fora de casa, diante da torcida adversária e com um peso enorme nas costas. Será tão essencial quanto foi aquela sobre o Cruzeiro, que bem pode servir de inspiração para o duelo de amanhã.

É, temos aí uma série de tabus a nosso favor. Sei que eles não pesam muito nessa hora, mas vou confiar na invencibilidade de alguns dos amigos que ainda não viram o Palestra ser derrotado no Rio. Se tudo der certo, deixaremos o Maracanã com o alívio e a alegria de quem sabe estar um pouco mais próximo do título.

***

*Saída: 6h de amanhã.

*Recomendo a análise feita pelo Ademir Castellari, do blog-xará, sobre elitização no futebol. Malditos sejam os consumidores!

*Que beleza o pênalti que o Heber Roberto Lopes deixou de marcar a favor do Vitória, não? E os filhos da puta não se preocupam nada com a discrição...

*Outros blogs já trataram do assunto, mas é necessário registrar para a posteridade mais um reconhecimento a algo que todos já sabíamos: não há nada como um Palmeiras x SCCP.

23 outubro 2008

O juiz e o procurador

Eu avisei lá atrás que um simples 1 a 0 contra o Vasco bastaria para evitar uma noite pavorosa – e molhada – como aquela do Sport Ancash. Mas não esperava também que pudesse evitar uma situação como a de ontem. Eu avisei, mas o time insistiu em fazer três gols no confronto da primeira fase. Deu no que deu. Tanto que o Madureira, em entrevista coletiva pós-jogo, saiu-se com essa aqui: “Essa competição é legal... Legal pra atrapalhar”.

Eu tinha avisado. E entendo que se o juiz colombiano faz tanta questão assim de classificar o time argentino, que seja feita a vontade dele. Com gol não confirmado, pênalti que volta, goleiro que pula (!) antes da cobrança, faltas invertidas e tudo mais que tiver direito. E se os portenhos conseguem também ficar tão radiantes depois de uma vitória nessas circunstâncias, que seja consumada a classificação deles. Sem problemas, sem ressentimentos. Que façam bom proveito.

O único problema no momento é a viagem internacional em meio a dois jogos decisivos por aqui. Melhor seria mandar só uma molecada mesmo, pois não é o caso de brigar pela vaga com esse time medíocre. Até porque os argentinos já serviram ao menos para mostrar que os jogos sob a chancela da Conmebol ainda permitem que o futebol seja um esporte digno.

Consegui ver muito pouco lá do placar, mas rolou empurra-empurra, ameaça de pancadaria generalizada, acessos de fúria, uma ou outra porrada, chutes, xingamentos, provocações. E, vejam só, Gladstone conseguiu fazer algo útil com o carrinho no argentino; pena que ficou só nisso, sem maiores conseqüências.

Não se assustem com a frase, por favor. É assim mesmo que eu penso. Estou cansado do tipo de futebol que vem sendo disputado por aqui. Futebol é guerra e pressupõe virilidade. Se necessário for, tem que rolar pancadaria, agressão e tudo mais. Chega de discursos politicamente corretos, de puritanismos babacas e de frases feitas de comentaristas de estúdio.

Imagino que Paulo Schmitt tenha entrado em pânico ontem à noite. Tudo o que ele queria era poder apresentar denúncias contra todos os jogadores em campo. Sorte nossa que o futebol praticado na Libertadores (e na Sul-Americana) seja ainda um esporte para homens, sem punições por qualquer coisa.

Schmitt, no entanto, dentro da sua área de atuação, está desesperado atrás de imagens que possam sustentar uma denúncia contra Alex Mineiro. Sim, pois um jogador do SPFC se diz agredida. Querem mais? Não contente com a absolvição de Kléber, o procurador recorreu da sentença, exigindo novo julgamento para o nosso Gladiador.

21 outubro 2008

1.141?

Manhã de terça-feira, 14 de outubro. 27.640 ingressos são colocados à venda para a partida entre Palmeiras e SPFC. Antes mesmo do final da tarde, vem o anúncio: ingressos esgotados. No entanto, o público divulgado no domingo seguinte não corresponde aos 27.640 bilhetes à venda: o placar aponta 26.676 pagantes. Estranho, muito estranho.

E a coisa fica ainda pior com a divulgação do borderô oficial (logo abaixo, em situação pouco legível), que detalha carga total de 27.817 ingressos, com 1.141 devolvidos.


A pergunta, que deveria ser respondida pelos senhores Busico, Gualtieri ou Palaia, é: como pode existir essa devolução se tanta gente ficou de fora do estádio por não haver mais ingressos?



***

Cena curiosa da vitória da Portuguesa em um Canindé que tinha pelo menos 4,5 mil gremistas entre os 7,3 mil pagantes:

Na divisa entre a numerada e a arquibancada que concentrava a torcida sulista, um gremista, com sangue nos olhos, esperou o apito final para disparar toda sorte de impropérios contra os lusos. Não era o único, mas chamava mais atenção pela agressividade.

Acontece que havia mais do que apenas portugueses por ali. Um grupo de quatro palmeirenses, todos velhos conhecidos da arquibancada do Palestra, estava por ali à paisana e se levantou contra os gremistas para devolver os insultos. Um deles tirou a camisa para mostrar a tatuagem da Mancha nas costas.

Sem perceber, o gremista insistiu: “Vocês nunca ganharam nada! Vocês nunca ganharam nada!”, repetia, aos berros.

Eis então que um outro gremista, menos transtornado e tendo visto a sinalização, virou para o amigo raivoso e disse: “Não, não, esses são palmeirenses”.

E fez-se o silêncio.

20 outubro 2008

Kléber, o Gladiador



O combalido, malfadado e desmoralizado STJD deve impor hoje uma pena exemplar – aos olhos dos chorões sulistas e de alguns jornalistas que querem ser mais do que isso – ao nosso Gladiador. Nesses tempos de jogadores-chinelinos e de falsos bons moços, chega a ser emblemático que um guerreiro seja alijado da fase final do Brasileirão.

Kléber foi ontem o espelho de uma torcida que acreditou até o fim em algo improvável. Como a massa alviverde na arquibancada, Kléber lutou. Fez tudo aquilo que gostaríamos de fazer em campo: driblou, correu, bateu, brigou pela bola, deu porrada, chutou a gol uma, duas, muitas vezes, infernizou a vida dos (ótimos) zagueiros adversários. Poderia até ter desistido depois de tantos quase-gols. Mas insistiu.

Insistiu para aproveitar a jogada mágica de Denílson (obrigado e desculpas, de novo!) e incendiar o Palestra. E é notável que isso tenha acontecido pouco depois de a torcida rival ter dado início a seus cânticos oportunistas. Kléber, em um carrinho que seria perfeito se viesse acompanhado de muita chuva caindo dos céus, começou a estabelecer um pouco de justiça no marcador.

E ela, a justiça, veio logo depois. É verdade que em um lance fortuito, mas compensador de tudo o que criamos e que parou na trave ou nas mãos e no peito do goleiro adversário, em uma tarde monstruosa. Observo ainda que ele, inteligente que é, começou a fazer a diferença antes mesmo do apito inicial, quando ganhou o sorteio e inverteu o lado de campo. Não é pouco, nós sabemos. Por sorte, contra tudo o que fez o goleiro adversário, Kléber estava do nosso lado.

Sei que muita coisa pode ser dita do clássico de ontem, mas, no dia em que crápulas assassinos do futebol devem impor uma suspensão criminosa ao nosso Gladiador, é justo abrir o post com este humilde agradecimento. Porque o futebol, por mais que tentem fazer o contrário, ainda é um esporte de homens.

Obrigado, Kléber! Por não desistir, por jogar como guerreiro e por ser o nosso representante dentro de campo.

***


"Eu só quero que venham jogadores
Que honrem a camisa
E lutem sem parar..."

***

O JOGO

Comentávamos, o speaker, Natali e eu, depois da partida, enquanto seguíamos do Palestra para o Canindé: o jogo do SPFC é o mesmo há décadas. Aquela coisa feia e pragmática, na base do “eu fico na minha e não ataco, mas espero você atacar para achar um espaço no contra-ataque”.

E assim encontraram o pênalti, originado, diga-se, de um ataque nosso em que Sandro Silva foi derrubado na entrada da área. Infração clamorosa, bem diante de nossos olhos, na curva da arquibancada. Sálvio, pressionado, mandou seguir. E aí não teve alternativa a não ser apitar o pênalti lá do outro lado.

Não quero aqui colocar qualquer responsabilidade na conta do juiz. Não é o caso. Mas o lance da falta no Sandro Silva está aí, para quem quiser ver. Como está aí também todo o jogo de cena dos caras, que colocaram nas costas de Sálvio uma pressão bastante conveniente. Deu certo, em avaliação que não é minha, mas delas.

Para completar, lá se foi o nosso único armador. Cinco minutos bastaram para que fosse construída a vantagem do SPFC e para que todo nosso esquema tático ficasse comprometido. Luxemburgo fez o que dele se esperava, mas é certo também que cometeu falhas na escalação e nas alterações (por que insistir com o Granja?).

Mesmo sem Diego Souza, tivemos inúmeras chances de marcar. E o goleiro delas, como destacado acima, evitou que chegássemos logo ao empate. Foi desesperador, em especial quando, após bela cabeçada de Alex Mineiro, a bola se chocou contra a trave para então cair caprichosamente sobre a linha. E veio o castigo do minuto final, com nova falha de Léo Lima e a bola entrando de maneira inevitável no canto de Marcos, logo por intermédio de quem foi.

A partir de então, pelo clima que se abateu sobre o time – e também sobre parte da torcida –, a derrota parecia inevitável. E eu admito ter sido tomado por uma série de pensamentos catastróficos, já enxergando a repercussão de tudo aquilo. Agüentei assim, em meio à grande massa, até os 25 minutos da etapa final.

Foi então que segui, talvez motivado apenas por uma visão melhor do nosso ataque, para o anexo da arquibancada à direita da numerada coberta. Acreditem ou não, mas 300 e tantos jogos depois, eu nunca antes havia colocado os pós naquele setor.

Sim, havia os torcedores adversários do outro lado. Mas as palmeiras imperiais que ficam na sede social cumprem também a nobre tarefa de encobrir toda a visão dos caras. Foi assim, isolado e sem os muitos amigos do outro lado, mas concentrado e com visão privilegiada do nosso ataque, que acompanhei os dois gols, o empate e todo o alívio que veio a seguir.

***

NOTAS

*Chegamos ao Canindé no intervalo do jogo, a tempo de ver apenas o segundo tempo. Tenho uma notinha legal para amanhã, mas digo agora que a Lusa venceu com enorme categoria. No confronto Roth x Estevam, o fator Roth fez toda a diferença.

*Sábado, 6h, saída para o Maracanã.

18 outubro 2008

VAMOS À LUTA!


A maioria se esquece – pois é conveniente aos interesses momentâneos –, mas o futebol ainda é decidido dentro de campo. E um pouco fora também, na arquibancada, pois há torcidas, como a nossa, que conseguem ganhar jogos impossíveis.

Podemos até perder amanhã, pois assim é o futebol e somente clássicos trazem esse misto de confiança e temor, ansiedade e apreensão. Mas, se o pior vier a acontecer, restará a dignidade de quem foi à luta sem se expor ao ridículo, sem pressões de bastidores e sem se valer de uma campanha midiática que atingiu níveis repulsivos nesta última semana.

Vamos à luta, portanto. Dentro de campo. E fora dele, não no sentido de violência, mas no incentivo que deve sair da garganta de cada um dos 25 mil guerreiros presentes ao Palestra.


Espero encontrá-los bem cedo, palestrinos, para a concentração antes da guerra. Que a nossa casa seja amanhã o inferno que eles merecem!

16 outubro 2008

Atualização off-topic

Dentro do possível – e lembro que meu trabalho é um fator complicador –, tem sido bem-sucedida a tarefa de me manter distante das besteiras da mídia. De todo modo, faz-se necessária uma breve atualização, felizmente não relacionada à guerra de domingo:

1. O STJD perdeu a noção de tudo e promoveu ontem um rapa no time do Grêmio: Morales levou oito jogos (por, vejam só, uma patolada), Rever pegou três e Léo foi logo suspenso por 120 dias. É a completa desmoralização para o senhor Paulo Schmitt, o procurador, e para os auditores que compõem este tribunal. O prejuízo não é apenas do Grêmio, mas de todos os times que podem sofrer punições semelhantes logo mais à frente. E estejam preparados, amigos: Kleber, que irá a julgamento na próxima semana por um lance absolutamente rotineiro, pode (deve?) ser o próximo da lista. E nem isso aqui servirá de atenuante.

2.
Eu não sou parâmetro, pois meu sentimento pela seleção brasileira beira o desprezo, mas chega a ser revoltante o que estão fazendo com a mística que sempre existiu. Notem que não estou falando do time ou do Dunga. Foda-se isso tudo. O que incomoda é o desrespeito para com o torcedor: a emissora de TV faz tanto oba-oba em torno do assunto, mas aí chega no dia do jogo e, do nada, roubam mais 10 minutos (ou seriam 20? Ou 25?) do sono do pobre torcedor. 22h10? Qual será o limite dessa gente?

13 outubro 2008

É GUERRA!



Esta deveria ser uma semana repleta de posts, contra-ataques à mídia panfletária, manifestos palestrinos etc. e tal. Mas há quem seja melhor do que eu nesta função, e ele, agora de casa nova, tem motivos de sobra para estar mais motivado do que nunca. Digo isso tudo por uma razão bem simples: a não ser que algo muito grave aconteça no decorrer da semana, este blog deve ficar sem atualizações até domingo, o dia da grande guerra.

De certa forma, faço isso para não me tornar ainda mais repetitivo do que, admito, tenho sido. Afinal, foram tantos os confrontos decisivos nos últimos anos que eu certamente não conseguiria evitar agora os argumentos e apelos utilizados anteriormente. No entanto, aos que quiserem conferir todo esse material, o arquivo está (enquanto for permitido pelo Blogger) disponível para consulta.

É hora de concentração absoluta, com o pensamento focado em tudo o que nos trouxe até aqui. A vitória virá dentro de campo, por obra dos guerreiros que vestem a nossa camisa, e na arquibancada, pelo amor da massa palestrina.

À VITÓRIA, PALESTRA!

***

*Domingo, 13h na Turiassu!

*Se tudo der certo, sigo logo depois do nosso jogo para o Canindé, onde a Lusa pega o Grêmio a partir de 18h10.

***

*Li na Mídia Palestrina que Palmeiras e adidas renovaram o contrato de fornecimento de material esportivo por mais três anos. Sem entrar em detalhes mercadológicos e/ou políticos, fico feliz com a notícia. adidas é adidas!

10 outubro 2008

CENSURA À MÍDIA PALESTRINA

Infelizmente, o tempo é curto em um dia que merecia uma dedicação toda especial. Em poucas palavras, meus caros, digo que estamos diante de um fato gravíssimo: foi censurado, sem muita explicação, o blog Cruz de Savóia, do nosso amigo Raphaello. Como estou sem o tempo necessário agora, deixo aqui os caminhos para que os leitores deste espaço possam entender o que aconteceu e compartilhar da mesma indignação que sinto agora. 

Aos textos: 

Forza Palestra!, o xará, do Ademir Castellari Temos aqui a cobertura completa do caso, com posts, desabafo do Raphaello e outras indicações importantes. 

Chuta que é macumba, do Craudio Amigo meu, corintiano, sequer conhece o Raphaello pessoalmente. Mas, até por ser rival, seu protesto é ainda mais legítimo do que qualquer um que eu possa fazer aqui. 

O Mosqueteiro e sua cachaça, do Filipe Vale tudo o que é dito do blog acima. 

Pretendo dedicar parte do meu final de semana sem jogo a este assunto, tanto mais urgente à medida que nos aproximamos da guerra contra o time do Morumbi. No momento, registro aqui minha solidariedade para com o mais combativo de todos os blogs dessa Mídia Palestrina, agora em outro endereço

 E eu, modestamente o segundo mais combativo - e com as mesmas temáticas -, devo seriamente pensar em buscar novos ares.

09 outubro 2008

Nada de exaltações

Da mesma forma que este blog não se deslumbrou com a liderança das duas últimas rodadas, não há motivos para entrar em pânico agora. Sim, é evidente que os dois pontos perdidos (não ontem, mas no turno) podem fazer a diferença lá na frente, mas restam nove rodadas, três confrontos diretos e muito sofrimento ainda. E tudo está embolado, como já estava antes. Portanto, não é o caso de entrar na histeria pretendida pela mídia esportiva, a mesma que tanto vai se empolgar com a vitória tricolor na noite de hoje. Tudo muito previsível.

A rodada de ontem deixa alguns recados, ao menos sob o meu ponto de vista. Eis o que tenho a dizer, muito em tom de desabafo:

1. Pobres daqueles que já enxergavam o Grêmio fora da disputa. Eu confesso até que me irritei ao ouvir tantos e tantos palpites na linha “O Grêmio não vai nem para a Libertadores”. Teve gente até que colocava o Santos como favorito para a partida de ontem! Porra, será que nunca acompanharam um campeonato antes? Por que cazzo se deixam levar tanto pelo imediatismo?

2. O Figueirense está virando uma praga na nossa vida: os dois pontos que roubaram da gente no turno não constituem exceção. Vejamos o retrospecto dos últimos anos aqui no Palestra:
2004: Palmeiras 0 x 0 Figueirense
2005: Palmeiras 2 x 2 Figueirense
2006: Palmeiras 1 x 1 Figueirense
2007: Palmeiras 2 x 1 Figueirense
2008: Palmeiras 1 x 1 Figueirense

3. Felizmente o jogo de ontem foi o último deste campeonato a não permitir minha presença no estádio.
Foram poucos até aqui (só aqueles mais distantes e/ou em Floripa numa quarta à noite), mas o fato é que eu realmente não nasci para a imagem pasteurizada da TV. Agora temos mais cinco duelos em casa, dois no Maraca, um em Santos e outro em Salvador. Serão mais nove vezes arquibancada para, se tudo correr bem, encerrar bem um ano de belos resultados.

06 outubro 2008

Tudo como antes

A última rodada, com vitória de todos os candidatos ao título, e a projeção das próximas, com cenário bastante favorável a pelo menos dois de nossos concorrentes, evidenciam o caráter decisivo do clássico do dia 19, na nossa casa. É um duelo ainda mais importante do que o segundo jogo da semifinal do Paulista, logo aquele que é (e ainda será) muito utilizado pelos oportunistas de plantão na campanha midiática pela ascensão do nosso inimigo.

Depois da bela vitória de sábado, que teve lá os seus momentos de apreensão, o importante agora é não nos deixarmos contaminar pelo clima que será criado pela imprensa, em especial se não tivermos sucesso lá em Floripa. Mesmo se acontecer isso, teremos ainda tudo em nossas mãos. O importante, caros palestrinos, é deixar de lado tudo o que dizem certos jornalistas por aí. Fiquemos de olho apenas na nossa tabela, que segue atualizada:

08/10 qui. 22h Figueirense/SC x Palmeiras
19.10 dom. 16h Palmeiras x SPFC/SP – Palestra
25.10 sáb. 16h Fluminense/RJ x Palmeiras – Maracanã
22.10 qua. 22h05 Palmeiras x Argentinos Jrs. – Palestra
29.10 qua. 20h30 Palmeiras x Goiás/GO – Palestra
02.11 dom. 17h Santos/SP x Palmeiras – Vila Belmiro
05.11 qua. 22h Argentinos Jrs. x Palmeiras – Buenos Aires
08.11/ 09.11 sáb./ dom. Palmeiras x Grêmio/RS – Palestra
12.11 qua. Sul-Americana/ semifinal
15.11/ 16.11 sáb./ dom. Flamengo/RJ x Palmeiras – Maracanã
19.11 qua. Sul-Americana/ semifinal
22.11/ 23.11 sáb./ dom. Palmeiras x Ipatinga/MG – Palestra
26.11 qua. Sul-Americana/ final
30.11 dom. 16h Vitória/BA x Palmeiras – Barradão
03.12 qua. Sul-Americana/ final
07.12 dom. 16h Palmeiras x Botafogo/RJ – Palestra

Como se vê, os confrontos mais agudos da Sul-Americana vêm intercalados com os jogos decisivos do Brasileirão, o que me leva a reafirmar que realmente era mais produtivo ter vencido o Vasco apenas por 1 a 0. De resto, alguns comentários adicionais, não necessariamente relacionados ao tema acima:

1. A propaganda eleitoral na TV não terá recomeçado agora na próxima quarta – e, quando voltar, terá duração menor –, mas a emissora de TV insiste em manter o horário das 22h para o nosso jogo contra o Figueirense. E aí eu chego à seguinte previsão: esses filhos da puta ainda vão institucionalizar o maldito horário das 22h como oficial para a rodada de quarta;

2. Por sinal, eles estão caprichando: vejam vocês que Palmeiras x Argentinos Jrs., aqui, no dia 22, está marcado para 22h05!!!


3. E isso me leva a uma matéria da FSP de hoje, que discute a presença de público no Campeonato Mundial de Futsal que ocorre agora no Brasil. Há toda uma discussão sobre números inflados e promoções para crianças carentes, mas o que importa é que o chefe de comunicação da Fifa elege como razão para o fracasso de público os horários em que são disputadas, 10h30 e 12h30. E por que isso acontece? Simples: porque a emissora de TV assim determinou.

03 outubro 2008

Como em 1993

É, eu posso até errar. Mas não parece ser o caso. O jogo de amanhã, com casa cheia, liderança e no decente - e raro - horário das 16h, lembra muito uma partida do já longínquo 1993, também em um sábado à tarde. O adversário era o Grêmio, este mesmo com quem brigamos agora, então recém-catapultado da Segunda Divisão. Tarde bonita, sol a pino, outubro como agora. Edmundo (2) e Evair fizeram os gols da vitória, um 3 a 1 de virada. E o Palestra Itália recebeu 32.006 pagantes, o maior público dos anos 90. Eram outros tempos, sem repressão, com mais festa e sem o encolhimento que vitima todos os nossos estádios. Mas algo me diz, sem motivo específico a não ser o clima e a expectativa pelo jogo, que a tarde de amanhã tem tudo para ser como aquele inesquecível sábado de 1993.

*13h no lugar de sempre!

02 outubro 2008

Inversão de valores

Nossa diretoria, que, segundo o Painel FC, andaria às voltas com uma possível renovação com a BWA (notinhas abaixo), não entendeu o espírito de um jogo como o de ontem à noite.

Vejamos o cenário: frio, chuva ininterrupta, 22h, TV aberta ao vivo para SP, jogo desinteressante em torneio idem, time reserva, adversário desconhecido, perspectiva de futebol ruim, povo sem receber o salário do mês.

Considerando as informações acima, chega a ser absurdo alardear ingressos a R$ 20 como sendo “mais baratos”. Afinal, é este o valor cobrado pela maioria dos clubes do país, sendo que alguns são até mais honestos com seus torcedores.

O jogo de ontem não deve ter sido o pior a que eu já assisti em meio a tantas centenas no estádio. Mas o conjunto da obra, com a lembrança do 0 a 0 de Lima, o corpo molhado pela chuva sem fim e a certeza de chegar em casa só de madrugada, fazia parecer que sim.

Até que veio Jumar, bem a caráter, e nos livrou dos pênaltis e de mais 20 minutos sob o dilúvio da noite paulistana.

Por isso tudo e pela dedicação habitual, nós, quatro mil e tantos heróis que agüentamos até o último minuto, é que deveríamos receber R$ 20 desta diretoria que insiste em maltratar o seu torcedor e quebrar a identidade com a massa.

Em tempo: como dito ontem aos amigos de arquibancada, eu ainda acho que era mais fácil ter ficado no 1 a 0 contra o Vasco...

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As tais notinhas do Painel FC de hoje:

Fora. Após pressão de pessoas favoráveis ao acordo do clube com a BWA, o conselheiro Gilton Avalone, presidente da comissão de sindicância que investiga a venda de ingressos no Parque Antarctica, deixou o cargo. Um novo posto foi oferecido a ele.

Banco. A empresa responsável pela comercialização de ingressos no Palmeiras tem socorrido o clube financeiramente. No início do ano, por exemplo, a BWA emprestou R$ 800 mil por 15 dias.


Será possível?


(Atualização do fim de tarde: o assunto acima foi contextualizado pelo Conrado, lá no Parmerista!)

01 outubro 2008

Nosso amigo, o promotor

Eu evito ler o diário esportivo tanto quanto for possível. Mas recebo informações sobre as atrocidades que eles publicam por intermédio da Mídia Palestrina ou de comentários do tipo “Você viu a capa do L! de hoje?”. É melhor que seja assim, pois evito me irritar além da conta. Acontece, no entanto, que certos assuntos não podem passar em branco. É o caso da notícia abaixo:
Sedes de palmeirenses serão fechadas
Medida visa aumentar a segurança nos estádios de São Paulo
LANCEPRESS!

As torcidas organizadas do Verdão têm de fechar suas sedes próximas do Palestra Itália nos finais de semana e deixá-las definitivamente até dezembro deste ano. A determinação do Ministério Público visa a aumentar a segurança e dissociar o estádio do rótulo de barril de pólvora.

Do contrário, a Subprefeitura da Lapa caçará os alvarás de funcionamento. Os fiscais alegarão que os locais têm cunho comercial (servem à venda de uniformes e ingressos).

A medida surge logo depois de a CBF confirmar o clássico entre Palmeiras e São Paulo para o Palestra, dia 19 de outubro, pelo Brasileirão.

A Mancha Alviverde cumpre a determinação desde o início do mês, segundo o promotor Paulo Castilho.

– Estamos evitando a aglomeração de certos grupos em pontos de entrada e saída do estádio – frisou.

O presidente da torcida, André Ribeiro, pretende levar a sede para o Bom Retiro. Ele assinou nesta segunda-feira, no MP, um termo de responsabilidade no qual se compromete a excluir do quadro de sócios Jânio Carvalho e Neilo Ferreira (o Lagartixa), investigados em uma série de crimes recentes pela Polícia Civil.

A TUP, a Pork’s e a Acadêmicos da Savóia têm duas semanas para confirmarem a participação voluntária. Se isso não ocorrer, suas sedes poderão ser lacradas em ações conjuntas da Subprefeitura com as Polícias Militar e Civil.


Cumpre dizer, de início, que o Cruz de Savóia já fez uma análise bastante pertinente com foco na origem da expressão “barril de pólvora”. Vale conferir AQUI o que é dito pelo Raphaello e AQUI a minha resposta, ainda em abril, a uma das reportagens mais mal intencionadas já produzidas pelo tablóide. Mas é outro o objetivo deste post, que busca mostrar, uma vez mais, quem é o inimigo que volta ao ataque contra a nossa casa.

Lembro a todos que o promotor Paulo Castilho surgiu, do ponto de vista midiático, faz pouco tempo. E o fez no encalço das torcidas organizadas, assim como o seu precursor, aquele que hoje é deputado estadual às nossas custas. Sabe-se lá até onde pode chegar Castilho, mas é fato que ele é inteligente ao diferir da postura combativa de Capez, que talvez não surtisse mais efeito hoje.

O que faz o nosso amigo promotor é adotar uma abordagem conciliadora, calcada em conversas, visitas às sedes da torcida e todo tipo de politicagem. É possível chegar a muitas conclusões diante deste quadro, e uma delas permite afirmar que a postura política de Castilho pode também se prestar a camuflar interesses próprios.

Pode.

E assim, ainda no terreno das suposições, deixo aqui alguns pontos para análise, todos eles extraídos do conteúdo já publicado neste blog. Deixo as conclusões para vocês, em parte porque não quero impor a minha visão dos fatos, mas essencialmente porque preciso seguir para o Palestra dentro de poucos minutos. A eles:

1. O promotor despontou nas páginas do tablóide pela primeira vez ao sugerir que o nosso estádio não recebesse mais nenhum clássico. Isso aconteceu no início de 2007, depois de um Palmeiras x Santos ser vitimado pelo sensacionalismo barato da emissora da Barra Funda.

2. Ele fez de tudo – e mais um pouco – para impedir que o Palmeiras enfrentasse o SPFC no seu estádio. Contrariou até o laudo da PM, vejam só. Não era em vão, por certo.

3. Como destacado neste link, ele é um dos grandes culpados por todo o absurdo ocorrido na final do Paulistão deste ano.


4. Sim, o promotor também tem direito a seus momentos de lazer. E é justo, com a colaboração do Painel FC, conferir o que ele gosta de fazer nos dias de folga:

Anfitrião. Defensor de dois jogos no Morumbi, o promotor Paulo Castilho circulou entre o vestiário do São Paulo e o saguão guiando uma família, após o clássico. Cada um de seus amigos levava uma sacola vermelha, com o escudo do São Paulo, aparentemente com produtos do clube.

A guerra fria está apenas começando.

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Vocês não acham que o momento é propício à música que cantávamos na arquibancada do Palestra no ano do 20º aniversário da Mancha?